Cidade mineira terá réplica de teatro de Shakespeare em 2016.
Em 2016, festivais mundo afora lembrarão os 400 anos da morte de William Shakespeare. No Brasil, a celebração promete ser bem ambiciosa, com a inauguração da primeira réplica oficial fora da Inglaterra do famoso teatro Shakespeare Globe de Londres.
O teatro será construído na cidade mineira de Rio Acima, a 30 quilômetros de Belo Horizonte, e custará R$ 43 milhões.
Fora a construção do teatro em si, com sua característica forma circular e 1,5 mil lugares, o projeto envolve ainda a criação de uma escola de dramaturgia, festivais teatrais itinerantes, uma filial no Rio e ações de intercâmbio entre o Globe brasileiro e o original, além de outras iniciativas.
E a maioria delas saiu da mente do ator e produtor Mauro Maya, um ex-torneiro mecânico que há 15 anos, quando era funcionário da Vale, se “viciou” em Shakespeare, como ele mesmo diz.
“Foram quatro anos de negociação com o pessoal do Shakespeare Globe. Eu cheguei lá com meu inglês totalmente vira-lata”, conta Maya à BBC Brasil. “Mas fui mostrando que o Brasil não era só samba e futebol. Fui mostrando minha paixão por Shakespeare e, assim, fui ganhando os caras.”
Ele conta que resolveu dar vazão ao seu sonho “maluco” de criar uma plataforma shakespeariana no Brasil quando conseguiu convencer a Vale a ceder para esse fim um terreno de 20 mil metros quadrados que estava abandonado. Outros patrocínios de peso estão sendo negociados.
Sucesso no teatro, 'Homens são de Marte...e é pra lá que eu vou' estreia nos cinemas
Peça que atraiu mais de 2 milhões de espectadores nos palcos chega nas telonas preservando boa parte do roteiro original.
Vontade de ir para Marte Mônica Martelli tem. Mas, por enquanto, os únicos lugares de onde ela não tira o pé são os palcos dos teatros nos quais, há nove anos, faz o maior sucesso com 'Homens são de Marte... e é pra lá que eu vou'. Agora, os dramas femininos ganham as telas na versão dirigida por Marcus Baldini, o mesmo de 'Bruna Surfistinha'. “Para mim, é uma grande realização ver um projeto que começou em ensaios na sala da casa da minha mãe, estreou em teatro pequenininho, atraiu mais de 2 milhões de pessoas e agora está no cinema”, diz, orgulhosa do texto escrito a partir de vivências, sensações e desilusões amorosas. “O sucesso da peça deve-se ao fato de eu não ter tido pudor para falar com sinceridade de um tema que atinge todos: afinal, quem não procura um grande amor?”, questiona.
No cinema, Mônica manteve boa parte do roteiro, com pequenas motificações e inclusão de personagens como Aníbal (Paulo Gustavo), sócio de Fernanda na empresa onde realizam... casamentos. “Como quis mostrar que Fernanda era independente, produtora de sucesso, coloquei o Aníbal como seu sócio.” A escolha de Paulo Gustavo era inevitável. “Somos amigos da vida. Ele viu 'Homens são de Marte...' umas três ou quatro vezes. Gostou tanto que decidiu criar 'Minha mãe é uma peça'”, conta a atriz que pensa em novos projetos com ele.
Mas afinal se todos estão em busca do grande amor, por que há tantos solteiros e solteiras na praça, de quem é a culpa? Mônica acredita que o problema esteja nos dois lados da balança. “Os homens fogem do compromisso. Têm medo da intimidade, mas, lá no fundo, não querem ficar sozinhos. E olha que casamento é melhor para homem do que para mulher. Temos de ser boas mães, donas de casa, profissionais e, à noite, estar gatas para o marido... Mas as mulheres solteiras têm expectativa muito grande. Especialmente as que estão perto dos 40 anos.”
A viagem de Mônica com destino a Marte não para. Em outubro, estreia no GNT uma série com 13 episódios mostrando Fernanda em uma nova fase de sua vida, depois de terminar um relacionamento de quatro anos. No início de 2015, começam os ensaios do espetáculo Minha vida em Marte, com Fernanda casada na continuação da peça.
Museu de Arte do Rio inaugura com diferentes exposições
Complexo com dois prédios faz parte da revitalização da zona portuária do Rio.
Inaugurado no dia do aniversário do Rio de Janeiro, 1º de março, o Museu de Arte do Rio (MAR), é mais que um presente para a cidade. O museu marca a revitalização da zona portuária com a proposta de promover história unindo diversas dimensões artísticas e a missão de integrar a arte no ensino público.
Localizado na Praça Mauá, o espaço conta com dois complexos interligados por uma passarela envidraçada. De um lado fica o palacete Dom João VI, tombado, onde abriga as oito salas de exposições em quatro andares. Do outro lado, no edifício em estilo modernista, fica a Escola do Olhar. Um ambiente destinado a ensinar a arte, com um programa acadêmico que recebe apoio da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro.
No palacete, quatro exposições abrem o MAR. Para chegar, o público deve entrar pela Escola do Olhar, pegar um elevador até a cobertura e atravessar a passarela. O preço do ingresso é de R$ 8 (inteira) e toda terça-feira a entrada é gratuita.
Confira as exposições em cartaz no MAR:
“Rio de Imagens, sobre as transformações do cenário urbano da cidade ao longo de quatro séculos”
Está no terceiro andar por onde começa a visitação, que deve ser feita do terceiro andar para baixo. Sob curadoria de Carlos Martins, fica em cartaz até o dia 28 de julho. A mostra representa um olhar sobre a cidade ao longo de quatro séculos e reúne 400 peças dentre elas obras de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Ismael Nery, e uma produção multimídia.
“Coleção particular do marchand Jean Boghici”
A exposição, abrigada no segundo andar, com cerca de 140 peças inclui pinturas e esculturas de Di Cavalcante, Brecheret, Vicente do Rego, Antonio Dias, Kandinsky dentre outros grandes artistas. Reúne cores e formas de oito movimentos artísticos marcantes. Esta aberta ao público até o dia 1º de setembro sob a curadoria de Luciano Migliaccio e Leonel Kaz.
“Vontade construtiva na Coleção Fadel”
No primeiro andar, a exposição está a cargo dos curadores Paulo Herkenhoff e Roberto Conduru até o dia 07 de julho. A família Fadel oferece ao público sua coleção com aproximadamente 230 peças produzidas por artistas plásticos brasileiros dos movimentos concretistas, modernos entre outras vertentes artísticas de tradições culturais.
“O abrigo e o terreno – Arte de Sociedade no Brasil I”
No térreo a exposição fica até 14 de julho, com a curadora de Clarissa Diniz e Paulo Herkenhoff. Inclui obras de Antonio Dias, Lygia Clark, Helio Oiticica, Ernesto Neto entre outros artistas. O espaço é dedicado a questões do direito de habitação, política territorial, entre outras relações de contexto urbano e relações sociais.